Manifesto - ÁGORA
Ágora. Do grego “praça pública” ou “local de encontro”. Do latim “fórum”. Uma vanguarda da discussão para os insurgentes. Nos nossos dias, desprezada. Na Grécia Antiga era o espaço de excelência dos cidadãos, onde se reuniam na discussão e no confronto para, forjar a ideia e a decisão: fosse a corda ao pescoço, ou a liberdade igual para dever igual.; Os dois séculos de vácuo, em nada travaram a expressão da ideia, ou do veredicto ponderado. Esta vontade destemida não se altera, nem mingua com a passagem do tempo. Ruiu-se o espaço, mas não o espírito. Há que reconstruir o que o tempo gastou.
Assim surge um movimento que rompe com o silêncio de uma nova geração, que atravessou múltiplas crises políticas e económicas, a qual sempre se defrontou com a suposta “impossibilidade” de realizar os objetivos que procura: os de uma sociedade cosmopolita, atualizada, capaz de promover a cultura, a Arte, a iniciativa política, e de defender os valores fundamentais à ilustração de um Portugal apto a ser força cultural.
A discussão dos valores, a abertura ao diálogo, a discordância e a rebeldia são inerentes a nós, jovens, mas estamos sempre unidos nos problemas que enfrentamos. O movimento de uma reunião conjunta, que reflete a sinceridade de querer discutir as questões que protagonizam os nossos dias, como a habitação, a procura por um emprego digno, a luta de uma sociedade do século XXI, que ainda se encontra presa no século passado, reúne-se agora, para resolver os problemas do futuro, refletir sobre a cultura, a política, a vida cosmopolita e rural, e acabar com o status quo do indiferente.
Mas as forças aditivas da comunicação social, das redes virtuais e do entretenimento gratuito, estorvam o trabalho criativo. O “trabalho” é um obstáculo a enfrentar, para que, depois, o último homem se cinja ao conformismo e à abstenção. O confronto é cansativo, a discussão é inútil, e delega-se a política a quem a faz por nós. Ou, pior, fá-la contra nós. O que pretendemos é o labor necessário, contrário ao estagno. Desde a caravela renascentista, ao motor modernista, todos os Movimentos tiveram as suas esfinges e opositores, os seus Velhos do Restelo e os seus Dantas. A nossa luta, é contra a indiferença e, o torpor. Aqui, acaba!
Não mais o pensamento estagnante. Não mais a inércia! Não mais o agir sem agir! Agora, fazemos nós a História. Uma nova geração, acordada de um sono letárgico, que quer enfrentar os problemas. É tempo de falar sobre o que faz falta!
É tempo de discutir na Ágora! Mais do que isso, é hora de agir enquanto jovens., Se somos moldados pelo passado, e disso não há dúvida, também urge lutar pelo presente, e decidir o futuro do nosso percurso. Somos nós que o fazemos, que o criamos e desenhamos!
REÚNAM-SE!